sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Nada tão íntimo...

Nada tão íntimo quanto invadir
Pensamentos assim, no meio do dia
Nada tão íntimo asssim
Como me ligar e mudar o dia
Nada mais íntimo.

Não pode existir intimidade maior
Do que morar dentro de mim,
Aproveitar disso e fazer o que quiser.
Não há de haver intimidade maior.

Quando olhei você pensei estar
Diante de meu espelho
Assombrei e espantei o véu mais fino
Agora estou nua
Jogada à deriva em um mar de
Possibilidades surreais
O relógio escorre quente e flácido
Escorrega por entre os cânions da mente
A mulher no horizonte é grave e solene
E está deitada como montes virgens e verdes.

O tempo corre num túnel
Nano-raios vertentes, luzes multicoloridas
Túnel para todos os lugares
E para lugar algum.

Imagens e sons desformes atravessam
O fio intrépido do pensamento
E você está lá, em todos eles.

Todos os fios, todas as cores
Todos os tempos e todos os túneis
Toda mulher e cada monte verde
Cada relógio e cada horizonte
Todas as luzes, raios e reflexos
A resposta é sempre o espelho
E eu sei,
O espelho é você.

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