Dias Estranhos
Em que me perco de novo
Nas mesmas ruas sujas
Dias estranhos
Em quem me afogo
Nas mesmas mentiras
Apenas dias estranhos...
Dias estranhos
Em que tenho que me adaptar
A novos rostos, novos hábitos...
Dias estranhos
Em que me sinto vazia...
De dias estranhos em dias estranhos
Vou vivendo estranha
Estranhando minha cara
No espelho,
Estranhando não ouvir sua voz
Estranhando o tempo
Por ser tão veloz
Perdida entre duas estranhos
Olhando para um céu estranho
Nem azul nem cinzento
Perdida entre a estranheza
Das muralhas de cimento
Que aprisionam nossas almas
Presa por amarras digitais
Sou só mais uma estranha
Perdida entre
Dias estranhos.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
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