Porque todas as canções bregas deviam
Levar seu nome no título
Esse sentimento velho e rançoso
Essa dor sem graça que não passa mais...
E todas as canções que falam
De dor de cotovelo, que ridículo!
Essa vontade velha e teimosa
Esse desejo sem graça que não passa mais...
Porque quando olho você e ouço
Violinos como canções velhas
De velhas cantinas italianas
E isso é muito brega!
Esse arrepio que dá é démodé
E ficar de paquerinha já não rola
Achei que você pudesse ver,
Mas ambos concordamos: que cafona!
Eu esperava que você pedisse minha mão
Bolo e champanhe no noivado
Véu, grinalda e uma procissão
Carros cheios de lata, bizinasso
Para celebrar a comunhão.
Mas chuva de arroz é convencional
Demais pra nós dois
E ficamos assim, com essa cara
De assunto pelo meio
Esperando o recheio
Do docinho bem-casado.
quarta-feira, 10 de março de 2010
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